Sketchbook do grafiteiro Binho, mostrando alguns dos desenhos preparatórios
para o graffiti que realizou na E.M. Affonso Penna em parceria com o Leleco
para o graffiti que realizou na E.M. Affonso Penna em parceria com o Leleco
Alguns dos alunos que participaram do Projeto Graffiti [ver postagem abaixo] perceberam que o Leleco e o Binho levaram vários "caderninhos" para a escola e foram bisbilhotar pra ver o que continham... Pois é, esses "caderninhos" são chamados de sketchbooks: cadernos de esboços ou rascunhos. É nesses cadernos que o artista "pensa visualmente", registra coisas interessantes que vê, rabisca rapidamente uma cena ou situação, explora as possibilidades de um desenho etc. Pode-se dizer que um sketchbook é um diário desenhado e, nesse sentido, ao folhear um sketchbook nós podemos ter uma noção do universo de interesses e do processo criativo de um artista, seu estilo de desenhar, os materiais que prefere utilizar no seu trabalho - ou seja, ficamos conhecendo o artista e seu trabalho mais profundamente.
Leonardo Da Vinci |
Os sketchbooks são usados não apenas por grafiteiros mas por quase todo tipo de artista, e não é de agora: Leonardo Da Vinci [1452-1519], por exemplo, já fazia uso de cadernos de esboços [ilustração à esquerda], assim como Pablo Picasso [1881-1973] que, antes de pintar Guernica usou vários cadernos para esboçar cada um dos detalhes da obra antes de partir para a tela [ilustração abaixo, à direita].
Pablo Picasso |
Os sketchbooks se tornaram, assim, documentos importantes para conhecermos melhor os artistas e passaram a ser publicados na forma de livros no exterior e, agora, no Brasil. É o que informa a matéria Livro traz esboços feitos por artistas brasileiros publicada recentemente pelo jornal Folha de S. Paulo.
Titi Freak |
Organizado por Cezar de Almeida e Roger Basseto e publicado pela editora POP, o livro se chama Sketchbooks - As Páginas Desconhecidas do Processo Criativo. O preço não é lá muito acessível [R$ 120,00] mas são 272 páginas contendo imagens e depoimentos de 26 artistas de vários gêneros: artistas plásticos, quadrinistas, ilustradores e grafiteiros como Titi Freak [ilustração acima, à esquerda], entre muitos outros. A boa notícia: 30 imagens do livro podem ser acessadas gratuitamente acessando o link:
Vale a pena dar uma boa bisbilhotada nos desenhos desses artistas... E, quem sabe, alguém se anima a iniciar seu próprio sketchbook?
4 comentários:
Muito legal!
Vou criar um!!
=)
Beleza, Di!
Com certeza seu sketchbook vai ser dos bons... Espero pra ver os resultados postados no seu blog, ok?
Abraços!
Nesses dias peguei uma folha e começei a desenhar varias coisas, não sei se isso é um "Sketchbook" mas desenhei. Gosto muito desse tipo de de arte, não sei desenhar direito, mas gotos. Valeu pela informação do "Sketchbook" e se quiser ver o desenho, ta no meu twitpic, esse é o link: http://twitpic.com/421enc
Oi, Victor:
Olhe, acho que a forma do sketchbook não é o mais importante - o que vale é o espírito da coisa, o objetivo: registrar em forma de desenho o que se vê [no mundo] e o que se pensa [do mundo] para ter um "arquivo de ideias" que podem ser usadas mais tarde.
Mas o caderno facilita o registro, pois muitas vezes esses desenhos são feitos na rua, então ele macaba funcionando também como uma prancheta, dá um apoio melhor pro ato de desenhar. Além disso, folhas soltas são mais fáceis de perder - a não ser que você tenha uma pasta para guardá-las.
Abraços e bons desenhos!
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